Quem é Greta, eleita personalidade do ano pela Time
Aos 16 anos de idade, ela tem um movimento mundial sob sua liderança e a luta pelo futuro do planeta
Todos
os anos, estudos comprovam o crescimento e os estragos causados pelo
aquecimento global. Ainda assim, ele é posto em dúvida. Só o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, um dos principais órgãos
de divulgação da ONU sobre o assunto, possui 175 cientistas em regime
exclusivo. O Greenpeace, famosa ONG holandesa, possui quase 3 milhões de
membros no mundo inteiro. Se há alguma rejeição ao assunto – existe até
nome no Brasil: “ecochatos” -, parecem existir menos ainda ações
práticas para conter os efeitos de um futuro planeta caótico. Só na
Amazônia, o desmatamento cresceu 14% em 2017-2018, segundo o Ministério
do Meio Ambiente.
Gera surpresa, então, quando cerca de 1 milhão de jovens em 125 países saem para protestar contra
a imobilidade política em relação à crise climática, e a líder do
movimento é a Greta Thungerg, uma jovem sueca de 16 anos, diagnosticada
com Síndrome de Asperger (que gera problemas para relacionamentos
sociais) e eleita recentemente a personalidade do ano pela revista Time.
Mas afinal, quem é Greta Thungerg?
Greta Thungerg, nascida em janeiro de 2003, ficou famosa com um ato de
rebeldia juvenil: matou uma aula por motivações políticas. Em agosto de
2008, decidiu sentar-se em frente ao Parlamento sueco, na cidade de
Estocolmo, com uma placa e demais dados sobre o assunto que a assombrou
tão cedo na vida. As escritas “greve da escola pelo clima” não demoraram
muito para tomarem a cidade: o que aquela garota pequena, de tranças
infantis, queria do legislativo de seu país?
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo,
Greta declarou que não tinha um plano – “senti que era meu dever moral”
– e que fazia a lição de casa enquanto levava a diante seu silencioso
protesto. A repercussão foi tanta que o ato foi posteriormente nomeado
de FridaysForFuture (Sextas pelo Futuro) e
espalhou-se para outros países, cidades e parlamentos. Unificados, se
identificam agora como Juventude pelo Clima em suas cartas e ações.
"Nós
jovens, somos mais da metade da população global. Nossa geração cresceu
com a crise climática e teremos que lidar com isso pelo resto de nossas
vidas. Apesar disso, a maioria de nós não está incluída no processo
decisório local e global. Nós somos o futuro sem voz da humanidade."
Trecho de carta aberta do dia 07 de março de 2019, escrita pela coordenação da Juventude pelo Clima.
Thunberg,
de maneira rápida, conseguiu alcançar palanques mais expressivos do que
as ruas de Estocolmo, como demonstrado em seu discurso na COP24 de
2018, edição da conferência global sobre impactos climáticos do planeta,
que foi sediada na Polônia. O semblante e voz calmas disseram: “Nossa
civilização está sendo sacrificada para dar oportunidades a um número
pequeno de pessoas fazer montes de dinheiro.” A nada sutil liderança fez
com que seu nome figurasse entre os 25 adolescentes mais influentes do
mundo, segundo a revista norte-americana Time.
Filha
do século XXI, Greta defende que os pais e avós de sua geração já
ficaram tempo demais sem tomar atitudes concretas para conter o
aquecimento global. Anos mais cedo, na COP21, o Acordo de Paris parecia
ter sido o ultimato das governanças para o ritmo de deterioração do
planeta: a meta de conter o aumento da temperatura média em 2ºc, no
máximo, até o ano de 2100. Entretanto, o discurso pelo desenvolvimento
com o uso de combustíveis fósseis – o petróleo como ouro e preciosidade
geopolítica – ainda é predominante no jogo da supremacia pelos bens industriais.
Mesmo com o contexto complicado, o recado que jovens como Thunberg
deixam é de esperança das gerações atuais, sem mais tempo para
premonições do que pode vir a acontecer. Em discurso no Fórum Econômico
Mundial de 2019, em Davos, declarou saber onde é seu lugar. “Há quem
diga que devia estar na escola: mas por que vou me preparar para um
futuro que pode não existir?”
Quem é Greta, eleita personalidade do ano pela Time
Aos 16 anos de idade, ela tem um movimento mundial sob sua liderança e a luta pelo futuro do planeta
Todos
os anos, estudos comprovam o crescimento e os estragos causados pelo
aquecimento global. Ainda assim, ele é posto em dúvida. Só o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, um dos principais órgãos
de divulgação da ONU sobre o assunto, possui 175 cientistas em regime
exclusivo. O Greenpeace, famosa ONG holandesa, possui quase 3 milhões de
membros no mundo inteiro. Se há alguma rejeição ao assunto – existe até
nome no Brasil: “ecochatos” -, parecem existir menos ainda ações
práticas para conter os efeitos de um futuro planeta caótico. Só na
Amazônia, o desmatamento cresceu 14% em 2017-2018, segundo o Ministério
do Meio Ambiente.
Gera surpresa, então, quando cerca de 1 milhão de jovens em 125 países saem para protestar contra
a imobilidade política em relação à crise climática, e a líder do
movimento é a Greta Thungerg, uma jovem sueca de 16 anos, diagnosticada
com Síndrome de Asperger (que gera problemas para relacionamentos
sociais) e eleita recentemente a personalidade do ano pela revista Time.
Mas afinal, quem é Greta Thungerg?
Greta Thungerg, nascida em janeiro de 2003, ficou famosa com um ato de
rebeldia juvenil: matou uma aula por motivações políticas. Em agosto de
2008, decidiu sentar-se em frente ao Parlamento sueco, na cidade de
Estocolmo, com uma placa e demais dados sobre o assunto que a assombrou
tão cedo na vida. As escritas “greve da escola pelo clima” não demoraram
muito para tomarem a cidade: o que aquela garota pequena, de tranças
infantis, queria do legislativo de seu país?
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo,
Greta declarou que não tinha um plano – “senti que era meu dever moral”
– e que fazia a lição de casa enquanto levava a diante seu silencioso
protesto. A repercussão foi tanta que o ato foi posteriormente nomeado
de FridaysForFuture (Sextas pelo Futuro) e
espalhou-se para outros países, cidades e parlamentos. Unificados, se
identificam agora como Juventude pelo Clima em suas cartas e ações.
"Nós
jovens, somos mais da metade da população global. Nossa geração cresceu
com a crise climática e teremos que lidar com isso pelo resto de nossas
vidas. Apesar disso, a maioria de nós não está incluída no processo
decisório local e global. Nós somos o futuro sem voz da humanidade."
Trecho de carta aberta do dia 07 de março de 2019, escrita pela coordenação da Juventude pelo Clima.
Thunberg,
de maneira rápida, conseguiu alcançar palanques mais expressivos do que
as ruas de Estocolmo, como demonstrado em seu discurso na COP24 de
2018, edição da conferência global sobre impactos climáticos do planeta,
que foi sediada na Polônia. O semblante e voz calmas disseram: “Nossa
civilização está sendo sacrificada para dar oportunidades a um número
pequeno de pessoas fazer montes de dinheiro.” A nada sutil liderança fez
com que seu nome figurasse entre os 25 adolescentes mais influentes do
mundo, segundo a revista norte-americana Time.
Filha
do século XXI, Greta defende que os pais e avós de sua geração já
ficaram tempo demais sem tomar atitudes concretas para conter o
aquecimento global. Anos mais cedo, na COP21, o Acordo de Paris parecia
ter sido o ultimato das governanças para o ritmo de deterioração do
planeta: a meta de conter o aumento da temperatura média em 2ºc, no
máximo, até o ano de 2100. Entretanto, o discurso pelo desenvolvimento
com o uso de combustíveis fósseis – o petróleo como ouro e preciosidade
geopolítica – ainda é predominante no jogo da supremacia pelos bens industriais.
Mesmo com o contexto complicado, o recado que jovens como Thunberg
deixam é de esperança das gerações atuais, sem mais tempo para
premonições do que pode vir a acontecer. Em discurso no Fórum Econômico
Mundial de 2019, em Davos, declarou saber onde é seu lugar. “Há quem
diga que devia estar na escola: mas por que vou me preparar para um
futuro que pode não existir?”
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